As diferenças entre ‘natural’ e ‘orgânico’ nos produtos de cuidados pessoais

The difference between 'natural' and 'organic' in personal care productsRecentemente, o impacto negativo do uso de produtos químicos na saúde humana e no ambiente levou os consumidores a virarem-se para produtos de cuidados pessoais “orgânicos e naturais”. O mercado para este tipo de produtos ganhou grande importância nos segmentos da cosmética e da saúde & bem estar.

Uma tendência global

A frequência de inconveniências na pele aumenta por todo o mundo. Tem sido assim que a preferência dos consumidores tem mudado de produtos para a pele sintéticos para orgânicos. O crescimento do mercado é também fomentado por regulamentos legais que encorajam o uso de ingredientes orgânicos na indústria dos cuidados pessoais. Apesar do preço dos produtos orgânicos ser 40-50% mais alto do que os cosméticos tradicionais, a tendência dever-se-á manter por muitos anos.

De acordo com um estudo realizado pela EcoFocus, 33% dos consumidores preferem produtos orgânicos de cuidados pessoais, e 48% preferem produtos orgânicos para o banho. De acordo com o mesmo estudo, verifica-se que 76% dos consumidores preferem “produtos aprovados e testados por instituições independentes”.

Natural ou orgânico?

Devido ao facto do termo “natural” não ter standards definidos, é utilizado em vários sítios e ocasiões. No entanto, o termo “orgânico” pode apenas ser utilizado se o produto tiver sido aprovado por uma entidade certificadora independente. Estas entidades definem o que pode ser vendido como produto orgânico através de uma percentagem mínima de incorporação de conteúdos orgânicos.

Produtos orgânicos são definidos como produtos processados a partir de matérias primas naturais obtidas em condições ambientalmente sustentáveis.Ao mesmo tempo a classificação “orgânico” obriga o produto a não conter substâncias sintéticas como podem ser alguns ingredientes químicos como parabenos, ftalatos, petro-químicos e sais de alumínio. Não pode conter preservantes prejudiciais nem coloração ou odores artificiais. Os produtos não podem ter sido testados em animais e as embalagens devem ser recicláveis.

Standards e certificados

Instituições independentes tais como Ecocert, Soil Association, Cosmebio, ICEA, BDIH, OASIS, NPA, Cosmos, NaTrue e NSF têm estabelecido vários standards para a “regulação e certificação de ingredientes para produtos orgânicos”. Actualmente não existe qualquer standard global para produtos de cuidados pessoais que abranja todo o mundo.

França

Em França, os standards para produtos cosméticos naturais e orgânicos são determinados pela Ecocert. Estes standards definem níveis de qualidade e de responsabilidade ambiental acima dos que são exigidos pelas leis francesa e europeia. Produtos que contenham pelo menos 95% de matérias primas orgânicas, incluída água, podem ser definidos como “orgânicos”. Um máximo de 5% de preservantes sintéticos são permitidos, por exemplo ácido dehidroacético e hidróxido de sódio.

Alemanha

Na Alemanha, os standards para cosméticos naturais são estabelecidos pela BDIH. Esta entidade determina o uso de matérias primas naturais na produção de produtos orgânicos e permite o uso de preservantes identicamente naturais tais como álcool benzílico e ácido salicílico em conjunto com preservantes naturais. Para obtenção do certificado não se impõem standards para o conteúdo de matérias primas orgânicas.

Reino Unido

Produtos orgânicos de beleza têm os seus standards estabelecidos pela Soil Association que são baseados nos standards da alimentação orgânica. Matérias primas orgânicas devem ser usadas no conteúdo do produto e vários critérios foram definidos para garantir que as outras matérias primas utilizadas não prejudicam a saúde humana ou o ambiente. Quantidades limitadas de preservantes e ingredientes sintéticos são permitidos, como por exemplo o álcool benzílico, o ácido dehidroacético e o fenoxietanol.

‘NaTrue’ (baseada em Bruxelas)

Standards diversos foram estabelecidos pela NaTrue em Bruxelas para produtos feitos com matérias primas de 100% origem natural, permitindo até certo ponto outras origens, mas excluindo a água e o sal.

Europa como um todo

Standards para “orgânico” foram estabelecidos pela Cosmos para a Europa. Levam em conta os standards definidos pela BDIH, a Soil Association, a CosmeBio, a Ecocert e a ICEA. Os produtos são classificados como “orgânico” e “natural” de acordo com a proporção de matérias primas para além dos minerais que possam conter. Um produto será certificado como “orgânico” se contiver pelo menos 95% de matérias primas vegetais processadas.

EUA

Nos EUA, os standards para a produção orgânica na indústria cosmética foi estabelecida pela NSF/ANSI. De acordo com estes standards, o certificado “100% orgânico” é apenas atribuído a produtos que contenham apenas matérias primas processadas organicamente, excluíndo a água e o sal. Produtos que contenham pelo menos 95% de matérias primas orgânicas (excluindo-se a água e o sal) podem ser classificadas como “orgânicos”.

Canadá

No Canadá são seguidos os standards IOC criados pela Certech para a indústria cosmética. A certificação de produtos orgânicos requer que o seu conteúdo tenha pelo menos 95% de matérias primas naturais.

Austrália

Na Austrália, os standards para produtos orgânicos foram estabelecidos pela “Australian Organic”, em linha com os seus outros standards de qualidade e com os internacionais acima mencionados. O certificado “Australian Certified Organic Standard” passou a reflectir um conjunto de standards dos mais exigentes do mundo.

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